Juiz mantém prisão de pai que confessou estupro e homicídio de filho de 7 meses

Suspeito alega que havia ingerido bebida alcoólica quando cometeu o crime.

Juiz mantém prisão de pai que confessou estupro e homicídio de filho de 7 meses

João Aguiar - RD News

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva, da 1ª Vara de Canarana (630 km de Cuiabá), manteve a prisão do pai que confessou ter estuprado e matado o filho de 7 meses, em Canarana (a 823 km de Cuiabá). Ele está detido desde o dia 11 de julho.

 

O suspeito foi preso em flagrante pelo crime. Ao delegado Flávio Leonardo, responsável pela investigação, ele disse que havia ingerido bebida alcoólica quando cometeu o crime - o que foi negado pela mãe da vítima.

 

Em sua decisão, o magistrado entendeu que, caso o homem ficasse solto, poderia causar sentimento de impunidade e insegurança, por conta da repercussão social do caso. Além disso, mantê-lo preso visa garantir a ordem pública. 

 

“Ante o exposto, acolho a manifestação do Ministério Público, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva do investigado, o que faço nos termos do artigo 310, inciso II, Código de Processo Penal (CPP)”, diz trecho da decisão.

 

O caso

 

O bebê deu entrada no Hospital Municipal de Canarana já sem vida. Durante atendimento, a equipe médica constatou que ele apresentava hematomas nos lábios e na região genital indicando ter sofrido abusos. Diante dos fatos, a Polícia Militar foi acionada e encaminhou os pais da vítima até a Delegacia de Polícia para esclarecimentos. Na unidade policial, o pai, de 20 anos, acabou confessando o crime.

 

Segundo, a Polícia Civil, ele contou que, após estuprar o filho, deixou a criança em cima da cama. Minutos depois retornou ao quarto, ergueu o bebê com os braços em uma altura de mais de 1,5 metro e o soltou em cima de uma base de madeira da cama.

 

O criminoso afirmou que repetiu isso por quatro vezes, quando percebeu que a criança parou de chorar e começou a ficar roxa. Nesse momento, ele resolveu levar o filho para o hospital, sustentando a tese de que o bebê teria engasgado.

Com base na confissão e da gravidade dos atos relatados, o suspeito foi preso.